É
o caso de muitos estudantes que vem quer das ilhas como também do interior da
ilha de Santiago, onde há uma maior concentração populacional e também possui o
maior número de Universidade no País. A maioria dos alunos são de Santiago e
dos que vem das ilhas, Fogo está em primeiro lugar.
A
principal causa disso é a falta de condições dos pais e familiares, que põem os
filhos na Universidade com a ideia de que dias melhores virão. Entretanto, não
é o que acontece muitas das vezes na realidade. Alguns acabam abandonando os
estudos para trabalharem, garantirem um fundo e só depois retomar a
licenciatura e poder pagar as despesas de casa e tudo mais. Outros passam
diversas dificuldades no dia-a-dia e acabam ficando com anemia por causa da má
alimentação e do horário desregrado para satisfazerem o organismo e a mente.
Neste
ponto o nutricionista Celso apontou que o horário para a alimentação deve ser
seguida rigorosamente, porque a falta disso é que leva o insucesso da maioria
dos estudantes.
«No
meu caso, iniciei a licenciatura no PIAGET mas deixei de ir para as aulas
porque tinha que trabalhar para custear as propinas, as despesas de casa e
poder comer. O meu pai não tem emprego fixo, mas mesmo assim quis colocar-me na
Universidade com a ideia de que um dia terei uma vida melhor do que a dele. Já foram
dois anos e ainda estou a trabalhar para garantir algum meio para me ajudar nos
próximos tempos», completa uma aluna da ilha de Fogo.
O
caso se repete em relação a outros estudantes da ilha do vulcão. E o que os
sustenta é o pensamento positivo segundo Maria veiga estudante também da
Universidade de Cabo Verde.
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