Estudantes dizem ser uma publicidade enganosa
De 160 para 210 escudos. O restaurante Popular de Cabo Verde (RPCV) que antes funcionava com cerca de 200 clientes agora sobrevive com 130 pessoas.
A subida iniciou no mês de Março e a comunidade acadêmica reclama que não há qualidade nalgumas refeições e diminuiu também a quantidade servida. Professores, estudantes, funcionários e algumas pessoas que não pertencem a Universidade de Cabo Verde e que consomem no RPCV, dizem que o preço é exuberante face ao buraco que está no bolso de cada um.
Maurício Gomes estudante de quarto ano de Geografia diz estar muito insatisfeito uma vez que sendo universitário arca com as suas despesas e não tem como pagar mais 40 escudos. No entanto não pretende desistir porque poupa tempo e dedica mais nos estudos.
A alimentação servida é acompanhada de nutricionistas e em princípio deveria ser equilibrada segundo o nutricionista Celso Sanches. No entanto a maioria dos clientes que neste caso são os estudantes dizem que depois da subida do preço passaram a comer pão com manteiga todas as manhãs e arroz com carne soja todas as noites.
A RPCV fixou-se no Campus no mês de Outubro de 2014 e iniciou com uma alimentação nutritiva, equilibrada e a um preço acessível ou seja 160 escudos por três refeições diariamente. Que segundo os estudantes era só publicidade enganosa e para poderem atrair mais clientes.
Para os estudantes que pagavam 99 escudos para um almoço agora passa a pagar 200 escudos. Antes o pacote mensal era de 3680 escudos agora paga-se 4830 escudos.
O nutricionista Celso Sanches disse que esta subida foi implantada com o intuito de aumentar a qualidade da alimentação e ganharem também com isso. Abordando a questão da contradição existente entre os estudantes e o funcionamento da RPCV Celso afirma que de facto o café da manhã e o jantar não está sendo equilibrada. No entanto comer pão com manteiga e arroz com carne de soja são alimentos nutritivos, afirma. O que se deve primar é pelo equilíbrio alimentar.
O funcionário Alex Rocha que trabalha a seis meses no Restaurante Popular disse que a opinião da maioria não conta e que o RPCV está bem servido e com qualidade alimentar.
Por sua vez os estudantes contrariam dizendo que estão a ser tratados como se fossem turistas e não estudantes com dificuldades.
Contatada a atual Gerente do RPCV Fernanda Gomes, para saber melhor o porquê da subida do preço da alimentação mas não se conseguiu qualquer comunicação.
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