Na sua maioria são estudantes da ilha do Fogo. Saem de suas casas em busca de uma vida melhor e para isso há estudantes que tomam uma refeição por dia. Os pais não tem trabalho permanente, mas mesmo assim querem ver os filhos com habilitações literárias mais alta do que a o deles.
A maioria dos estudantes da Universidade de Cabo Verde que vem das ilhas pertence a ilha do vulcão e são filhos de pais carenciados. A insistência em ter uma licenciatura é justamente para ver se dias melhores virão tanto para os filhos como também para a família toda.
Há estudante que passa um mês ou mais com apenas seis mil escudos, o que não dá nem para pagar um mês de propina e muito menos alimentação. Tem disciplinas em atraso mas não é por causa da falta de interesse, mas sim por não terem força para seguir. Há dias que não tomam o pequeno-almoço, e nem jantam ou seja passam o dia com apenas uma refeição. E isso contribui para o fraco desempenho nas aulas e consequentemente um fraco resultado. O que os fazem desmotivar e deixarem as lágrimas caírem, «que é a única coisa que não se compra» diz uma aluna de Francês.
Segundo o Presidente da Associação Académica da UNICV (ACAD-UNICV-CP) Adilson Neto, há muitos pedidos de apoios por parte dos alunos em particular da ilha do Fogo. Acrescenta ainda que com a erupção vulcânica, o mau ano agrícola, falta de água e desemprego faz com que estes estudantes passem por momentos desagradáveis.
Com a abertura do Restaurante Popular de Cabo Verde (RPCV) no Campus de Palmarejo muitos desses estudantes fazem as refeições ali, e dizem ser uma das melhores coisas que aconteceu uma vez que se cobra apenas 210 escudos para todas as refeições.
“A única coisa que nos resta é estudar, mesmo sem ter como fazer isso. O futuro está a caminho e espero que nos reserve boas surpresas.” Diz Antonieta estudante de inglês.
A ilha do Fogo passa por momentos difíceis face ao ocorrido no dia 22 de Novembro que marcou para sempre a vida dos Foguenses. A maioria está desempregada e muitos nem estão com condições mínimas que qualquer ser humano precisa. É por isso que os estudantes estão a sofrer juntamente dos seus familiares. Não há trabalho, não há dinheiro, e é por isso que estão sujeitos a passarem fome aqui na cidade da Praia.
De facto sao varios os estudantes que passam por tal afrontamento todo os dias...alunos sem contam andam a gritar dentro da Unicv mas ninguem os ouvem e isso torna-se frustante, quando gritamos e nao somos ouvidos...é preciso fazer alguma coisa, tambem a esses alunos devem estar abertos a dialogo e aos responsaveis serem mais abertos e receptivos.
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